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"Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros" Bill Gates


Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever, inclusive a sua própria história. Bill Gates

Investir no estudo da literatura dos clássicos permite a convergência de todas as hipóteses de realização da língua, associadas ao seu valor histórico-cultural e patrimonial, essenciais ao estudo do Português. Na verdade, o texto literário permite desenvolver no aluno as suas capacidades de compreensão e de interpretação, dada a forma diversificada como nele se oferece a complexidade textual.

Assim, a leitura dos clássicos aparece organizada de forma diacrónica.

Deste modo, no 10.º ano, começa-se pela Poesia Trovadoresca, onde os alunos terão a oportunidade de estudar as cantigas de amigo e as cantigas de amor. Excertos da Crónica de D. João I de Fernão Lopes, assim como Gil Vicente (Auto da Alma ou Farsa de Inês Pereira), que apresentam uma visão histórica e crítica epocal.

Sugere-se também o estudo de Os Lusíadas e as Rimas (Redondilhas e Sonetos) de Luís de Camões. Propõe-se ainda a análise de cinco capítulos de Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, assim como o Capítulo V da História Trágico-Marítima.

Seguindo-se a perspetiva diacrónica, no 11.º ano, mantém-se o estudo do Sermão de Santo António do Padre António Vieira. Temos ainda Correia Garção, Almeida Garrett, Frei Luís de Sousa (integral). Poderá ainda optar-se entre Alexandre Herculano, Lendas e Narrativas: A Abóbada ou Almeida Garrett, Viagens na Minha Terra, ou ainda Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição. Mantém-se a leitura integral de Os Maias de Eça de Queirós, que poderá ser complementada por A Ilustre Casa de Ramires do mesmo autor. Relativamente ao texto poético, sugere-se Antero de Quental e Cesário Verde.

No 12.º ano, começa-se pela poesia, onde aparece, pela primeira vez, a Clepsidra de Camilo Pessanha. Quanto a Fernando Pessoa, mantém-se o estudo do ortónimo, dos três heterónimos (Alberto Caeiro, Ricardo Reis, e Álvaro de Campos) e da Mensagem. Novidade é a leitura de três fragmentos selecionados do Livro do Desassossego de Bernardo Soares.

Ao nível do conto, propõe-se a Estranha Morte do Professor Antena de Mário de Sá-Carneiro e George e Seta Despedida de Maria Judite de Carvalho e Contos Vagabundos de Mário de Carvalho.

Quanto ao teatro, sugere-se a leitura de as Três Máscaras - Fantasia Dramática de José Régio.

Os alunos deverão ainda conhecer outros poetas do século XX e escolher três autores dos seguintes: Jorge de Sena, António Ramos Rosa, Herberto Helder, Ruy Belo e Fiama Hasse Pais Brandão.

Por último, Memorial do Convento de José Saramago, O Ano da Morte de Ricardo Reis e História do Cerco de Lisboa do mesmo autor.

Efetivamente, a literatura é um assunto sério; há que assumi-lo. Cabe aos professores e aos pais transmitir aos mais jovens o valor dos livros para o seu crescimento, enquanto seres humanos qualificados a todos os níveis.

Saber ler é, hoje e sempre, mais do que uma condição de sucesso pessoal, escolar, profissional e social. É o fator de sucesso coletivo de uma nação. Por isso, o direito à leitura tornou-se uma questão de justiça social, o que implica que uma das grandes prioridades de qualquer sistema educativo seja o desenvolvimento da competência de leitura para todos os alunos.
 
In Jornal de Notícias. Lúcia Vaz Pedro. 25 Setembro 2016.

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quarta-feira, 28 de setembro de 2016